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Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
![Bocas](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/lips/0102.gif)
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
![Bocas](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/lips/1672964hc498u3643.gif)
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
![Rosas Glitter](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/portuguese/1034587khr4xxmzmt.gif)
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
![amor](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/amor/amor3.gif)
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
![rose](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/rose/ros040.gif)
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
![rose](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/rose/ros054.gif)
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
![Bocas](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/lips/0108.gif)
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
![Rosas Glitter](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/portuguese/1034587khr4xxmzmt.gif)
![amor](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/amor/amor_009.gif)
![Rosas Glitter](http://gfx.glittergraphicsnow.com/albums/ll149/glittergn/portuguese/1034587khr4xxmzmt.gif)
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